sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dia Mundial do Rock - 13 de Julho


Dia Mundial do Rock:

O Dia mundial do Rock é uma data em comemoração ao rock, celebrada anualmente em 13 de julho. 
Mesmo tendo muitas pessoas que falam que o dia mundial do rock é o dia 31 de julho, sabemos que estão errados, mas o maior problema é que essa data (31 de julho) está em várias agendas brasileiras, que devem ser consertadas e colocar o dia mundial do rock no dia 13 de julho Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres na Inglaterra e na Filadélfia nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia e contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.
Foi transmitido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano. 20 anos depois, em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8 como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países com o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo.
No Live 8 o Grupo de Rock Britânico Pink Floyd tocou junto, depois de 20 anos de separação.
Desde então, o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock.


O Dia Mundial do Rock também é brasileiro

Sim, hoje é o Dia Mundial do Rock. E sim, nós somos brasileiros, parte dessa grande nação rockeira mundial que impulsiona a vendagem de discos em todo o mundo. Mas eu não estou aqui para falar de Elvis Presley, de Beatles, de Janes Joplin ou do Kurt Cobain. Já tem muita gente por aí falando deles. Eu quero falar do rock do Brasil, esse rock que parece infelizmente esquecido pelas grandes mídias justamente num dia como hoje.

Pois é galera! Elvis estava brilhando no mundo, mas ao mesmo tempo no Brasil havia uma fagulha. Também inspirados pelo som do Chuck Berry Celly Campelo (Banho de Lua), Nora Ney (Rock Around The Clock) e Cauby Peixoto (Rock in Roll em Copacabana)  faziam seu som por aqui. Junto com eles, surgiam dos mais diferentes cantos do país Sérgio Murilo, Erasmo Carlos e outros nomes que fariam mais sentido na próxima década, mas que já representavam a galera das guitarras e da atitude do ritmo que dominaria o mundo, mas que também era brasileiro.

Nos anos 60, os Beatles, o Woodstock, A Guerra do Vietnã, o Bob Dylan. Não houve nada mais impactante que os Beatles na geração 60? Claro que não, mas junto com eles, o Brasil podia se orgulhar do movimento Tropicalista de Caetano, Gil, Torquato Neto e dos Mutantes de Rita Lee, derrubando todas as fronteiras e assumindo uma musicalidade universal, com origens nacionais.  No mesmo período Roberto e Erasmo Carlos, Wanderléia, Renato e seus Blue Caps e mais uma turma faziam a Jovem Guarda dominar as paradas de sucesso e garantir a presença rock´n´roll nas rádios do país. Os tempos eram difíceis, a ditadura estava lá, a censura brecava a criatividade, o grito pela democracia, matava, expulsava e torturava a nossa cultura. Porém, os nossos heróis brasileiros não desistiam e assumiram em sua voz e em sua música o grito de cada cidadão oprimido. Isso sim é rock´n´roll.

Raulzito e os Panteras quebrariam outros paradigmas da música nos anos 70. Era a época glamurosa do Led Zeppelin, Creedence Clearwater, Elton John e David Bowie.  Mas o rock brasileiro mostrou ao mundo Raul Seixas, Secos & Molhados e depois Ney Matogrosso, Made in Brazil, toda uma turma inspirada pelos Mutantes que se aprimorava em técnica, em estilo e em composições, que cada vez mais mostravam ao mundo que o Brasil sabe falar de si.

Ah, os anos 80. A juventude brasileira, cansada da repressão e da violência de um sistema que não lhe dava voz nem vez resolve se rebelar. Clash, Smiths e Police faziam sucesso lá fora e aqui dentro a música saia da capital federal e corria para todos os lados. Assim, surgiam Os Paralamas do Sucesso, do carioca-brasiliense Hebert Vianna, Capital Inicial, Plebe Rude e é claro a Legião Urbana, de que já falei aqui. Em outros cantos do país Kid Abelha e os Abóboras Selvagens, Barão Vermelho, Cazuza, Blitz, Titãs, RPM, Engenheiros do Hawaii, Lobão, Garotos Podres, Os Inocentes, Ira!, Cólera e Ultraje a Rigor são só alguns exemplos do que aquela geração produziria. Todos eles falavam de amor, mas falavam de dor, de frustração, da desejada independência e da democracia que viria em 1984, caso a Ementa Constitucional Dante de Oliveira não tivesse sido rejeitada pela Câmara dos Deputados, ainda com a forte pressão popular das Diretas Já. Mais atitudes rock´n´roll que só uma nação tão rica quanto o Brasil poderia vivenciar.

E aí uma banda de rock saiu de um cantinho da região Sudeste do Brasil e começou a ganhar o mundo. Os caras faziam um som pesado, cantavam em inglês e tinham sotaque mineiro. E eu tô falando do Sepultura e dos anos 90 do Brasil. Na época, parecia que o rock ia ser representado só por Minas Gerais, como parecia nos anos 80 em Brasília. Da galera que falava “uaís” saiu o Pato Fú, Skank, Tianastácia e o Jota Quest, todos fazendo rock e pop e se misturando nesse país de incríveis ritmos. De outros estados, os Raimundos, a inesquecível Cássia Éller, Autoramas, Angra, O Rappa e a banda Penélope que mais tarde seria desfeita para dar lugar à carreira solo de Érika Martins. Com tanta coisa boa por aqui, Nirvana, Red Hot Chili Peppers e Pearl Jam ficavam mesmo lá fora. 

Nos anos 2000, The Strokes, Coldplay, Franz Ferdinand e The Killers dominaram o mundo e Los Hermanos, Gram, Ludov, Pitty e Detonautas Rock Clube agitavam a galera aqui enquanto o Shaman, Mindflow, Torture Squad e Shadowside levavam a nossa força para o mundo. Na mesma época em que o Emocore do mundo se mostrava forte com Funeral for a Friend, Story of the Year e bem mais tarde com o 30 Seconds To Mars e o My Chemical Romance a turma brasileira mostrava que também sabia fazer esse som com Dance of Days, CPM22, Fresno e NXZero. Seguindo outras tendências e fazendo um som mais hardcore, não dá prea esquecer do Dead Fish e do Sugar Kane. Para falar do folk e da “música fofinha” não dá pra negar: muitos se inflaram de orgulho de ser brasileiros quando, do meio da confusão sonora que se tornou a internet, surgiu uma menininha de voz suave e de influências poderosas, a cativante Mallu Magalhães, assim como muitos choraram quando o Los Hermanos acabou e se alegraram novamente quando surgiram o Little Joy do Rodrigo Amarante e o disco solo do Marcelo Camelo.

O rock brasileiro ainda tem muito pra mostrar para o mundo. E nós ainda temos muito do que nos orgulhar desse Brasil de grandes nomes e de grandes feitos. Feliz Dia Mundial do Rock. Feliz Dia do Rock Mundial-Nacional.

Jovem-Guarda
Roberto, Erasmo e Wanderléia
Erasmo Carlos
Tropicália
Maria Betânia, Caetano, Gal Costa e Gilberto Gil
Raul Seixas
Secos e Molhados
Mutantes de Rita Lee
Rita Lee
Rita Lee
Detonautas
Detonautas
Legião Urbana
Legião Urbana
Skank
Skank
Pato Fu
Pitty
Pitty
Titãs
Titãs
Titãs
Ira
Ira
Nasi e Banda
 Nasi e Banda
Discografia - Nasi e Banda
Nasi e Banda - Cartum Fun
Aconteceu no Cartum Fun - RitaMorá -Nasi e Banda \o/
Aconteceu no Cartum Fun - RitaMorá -Nasi e Banda \o/
Aconteceu no Cartum Fun - RitaMorá -Nasi e Banda \o/

Bandas de Rock Internacionais e Comemorativas:






























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